sexta-feira, 20 de julho de 2012

A estrada escura e a caminhada pela fé



Imagine-se como um viajante nos tempos antigos. Você decide viajar a pé atá a cidade mais próxima. Mas a escuridão o pega logo depois que saiu de sua cidade. Então você já não enxerga mais a paisagem à sua volta. Apesar da dificuldade, resolve prosseguir pela estrada. Você só consegue ver a estrada que está bem à sua frente, que sabe que tem placas que indicam que é o caminho para a outra cidade. às vezes, algumas coisas na estrada o intrigam. De repente ela faz uma curva fechada para a esquerda. Você não sabe por quê. Em outro ponto, fica muito úmida. Mais uma vez, você não entende. Mas não sabe o que está acontecendo, não enxerga a cena completa. Está na escuridão.

Quando o sol nasce, claro, você consegue enxergar toda a paisagem. Então a situação real se torna aparente. Você pode notar que a estrada tem uma curva fechada para a esquerda para evitar cair em um abismo, que você não viu na escuridão. Também pode ver que a certa altura passa perto de um rio caudaloso que poderia ter carregado você, caso a estrada não o tivesse conduzido para o outro lado - e o máximo que aconteceu com você foi ficar com os pés úmidos. Embora antes você não tenha entendido o que estava acontecendo, depois percebeu que a estrada o levou em segurança, mesmo na escuridão, em meio a uma série de perigos. Sua confusão inicial se transforma em alívio.

O ponto básico aqui é que não vemos o quadro completo. Deus vê, nós, não.

Muitas coisas na vida cristã nos confundem. Mas temos de aprender a conviver com o fato de que jamais veremos o quadro completo e, por isto mesmo, precisamos aceitar áreas de experiência que parecem contraditórias e confusas. A dúvida surge, em parte, porque nos sentimos frustrados por não sermos capazes de entender tudo. Queremos estar no lugar de Deus e conseguir ter uma visão geral do cenário que o caminho da fé precisa cruzar. Mas não podemos fazer isso. Na verdade, não conseguimos ver nada além da ponta de nosso nariz espiritual!

Cremos, com paixão e certeza, que existe uma estrada que nos levará em segurança ao alvo, e que Jesus Cristo a percorreu antes de nós, como um pioneiro, um desbravador (Hebreus 12:1-3). Mas não entendemos exatamente o que acontece em determinados pontos. Nosso lugar é no caminho, não acima dele. Um dia, cremos com firmeza, tudo se tornará claro - mas só no lugar, ainda distante, de nossa ressurreição! No presente, contudo, temos de caminhar na escuridão, com fé e esperança.

Fonte: livro "Como lidar com a dúvida sobre Deus e sobre você mesmo", Alister McGrath

quinta-feira, 19 de julho de 2012

A dúvida é a inútil busca pela certeza

 
Galera, estou lendo um livro bastante interessante cujo título é: "Como lidar com a dúvida sobre Deus e sobre você mesmo" de Alister McGrath. Este livro é bastante mencionado no material que trabalharemos este trimestre na UPA, então resolvi ler o mesmo.

Colocarei aqui no nosso blog algumas passagens que achar interessante e pertinente para nossos estudos e fortalecimento, pois vai nos ajudar a estar mais e mais firmados e em nossa fé.

Uma das primeiras passagens interessantes vem de um escritor americano chamado Sheldon Vanauken sobre a luta mental que enfrentou antes de se converter, em Oxford. Ele se viu em um dilema quanto à prova da fé, que muitos outros também experimentam. Ele pensou o seguinte:
"Existe um abismo entre o provável e o provado. Como atravessá-lo? Se era para eu apostar toda a minha vida no Cristo ressurreto, eu queria provas, queria certeza. Desejava vê-lo comer um pedaço de peixe, esperava que letras de fogo cruzassem o céu. Não recebi nada disso... Foi uma questão de aceitar - ou rejeitar. Meu Deus! Havia outro abismo atrás de mim! Talvez o salto para a aceitação fosse uma aposta aterrorizante - mas, e quanto ao salto para a rejeição? Poderia não haver a certeza de que Cristo era Deus, mas - por Deus! - não havia certeza de que ele não o fosse. Não dava para suportar. Eu não podia rejeitar Jesus. Depois que vi o abismo atrás de mim, só havia uma coisa a fazer. Virei as costas para ele e me atirei sobre o abismo que levava a Jesus."

O cristianismo requer, de fato, um salto de fé - mas não é irracional, nem às escuras. A experiência cristã envolve ser segurado com firmeza por um Deus vivo e amoroso cujos braços esperam apenas que saltemos. Martinho Lutero disse bem: "Fé é uma rendição voluntária e uma aposta prazerosa na invisível, inédita e desconhecida bondade de Deus"

terça-feira, 17 de julho de 2012

Dúvida: o que ela é (e o que não é!)



Mente e coração
“Agora, vemos como em espelho, obscuramente; então face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido.” 1 Coríntios 13:12

Texto e contexto
Tanto cristãos quanto filósofos pós-modernos mostram que é impossível, ao lidar com toda a realidade, forçar uma certeza matemática em todo teste da verdade. A vida simplesmente não é assim. E o fato é que, se em cada etapa a ciência acreditasse consistentemente nisso, ela entraria em colapso. O próprio Einstein colocou em dúvida a ilusão da certeza matemática. Disse: “Até o ponto em que as proposições da Matemática se referem à realidade, elas não são certeza; até o ponto em que são certeza, não se referem à realidade”. (complicado de entender. Mas no decorrer da leitura vai ficar mais claro J). O melhor modo de descrever nossa busca por certeza na vida seria dizer que é a procura por um alto grau de certeza, ou uma certeza cheia de significado. (...) Não podemos atribuir a dúvida apenas a céticos e incrédulos, já que ela é parte de nossa fragilidade como seres humanos. Somos criaturas limitadas.

Texto e vida
“Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé” (Mc 9:24)
“Não sabemos o nome do homem que falou essas palavras notáveis a Jesus. Quem quer que ele tenha sido, suas palavras expressam com perfeição a ansiedade de muitos cristãos. Eles descobriram em Jesus Cristo algo muito maior do que jamais ousaram sonhar. Deus parece muito próximo, mas algumas dúvidas incômodas ainda permanecem.

Será que posso mesmo acreditar no Evangelho? Será que não é com demais para ser verdade? Deus me ama realmente? Posso ser útil para Ele? Bem no íntimo, muitos cristãos têm essas dúvidas, mas se envergonham disso. Então as suprimem, na esperança de que desapareçam. “Às vezes desaparecem – porém, muitas vezes, não”. Retirado do livro “Como lidar com a dúvida sobre Deus e sobre você mesmo” de Alister McGrath, Editora Ultimato.

Foco
  • Entender que ter dúvida em todas as áreas da vida é normal;
  • Compreender quais são as causas da dúvida;
  • Sentir-se motivado a compartilhar as dúvidas com cristãos mais experientes que possam ajudar.

Esquentando os motores
A dúvida está no ser humano. Vocês podem não perceber, mas ela os acompanha durante a vida inteira – ou, pelo menos, a partir da idade em que vocês passam a ter capacidade para fazer escolhas baseadas em avaliação e julgamento.
Coada dúvida colocará vocês diante de possibilidades a serem escolhidas e, consequentemente, de opções a serem feitas. Algumas poderão ser adiadas e outras serão tão importantes que mudarão o curso de sua vida inteira. Cristãos e não cristãos partilham várias dúvidas comuns relacionadas à vida secular. Os cristãos não têm vergonha de admitir que ficaram em dúvida entre fazer curso técnico ou faculdade ou entre cursas Medicina e Engenharia. Mas há certos pontos em que sentem vergonha de admitir que têm dúvidas. Esses pontos estão relacionados à fé e a assuntos essenciais a ela. O que a maioria dos cristãos não sabe é que é comum ter dúvidas nesta área da vida também.
Neste momento da aula foi distribuída uma folha em branco e lápis para cada um colocar suas dúvidas mais profundas sobre sua espiritualidade, Deus, Cristo, Evangelho, Espirito Santo... Colocamos as perguntas dentro de uma caixa de sapato. A mesmo será aberta na lição de número 9. A intenção é que a maioria destas perguntas sejam respondidas não pelo professor, mas pelos próprios participantes da classe da UPA, com base em tudo o que aprendemos nas 8 lições anteriores. Será um momento bem interessante.

Partida
Muitos cristãos preferem não falar de dúvidas relacionadas à fé. Alguns sentem horror só de pensar nelas. Essas pessoas acham que, de certa maneira, estarão ofendendo a Deus e pecando por pensarem ou admitirem suas dúvidas. Seguindo esta linha de pensamento, têm vergonha de compartilhar as suas dúvidas com outros irmãos, temendo ser tachado de cristão “fracote” ou sem fé. E, assim, acabam sofrendo sem necessidade ao sufocar suas dúvidas – e, que é pior, por vezes se afastam de Deus e da igreja. Para entender direitinho o que acontece com o cristão que se encontra passando por tal situação, vamos, primeiro entender o que a dúvida não é, o que ela é e por que ela existe.

O que a dúvida não é
Muitos cristãos, com frequência, confundem a dúvida com duas ideias que podem parecer semelhantes – mas não são. Este é um dos principais motivos que os levam a ter dificuldade para lidar com ela. Em primeiro lugar, ter dúvida é diferente de ser cético. Cético é aquela que decide duvidar de tudo por uma questão de princípios, afirmando não existir a verdade – e, se ela existisse, o homem seria incapaz de conhecê-la. Em segundo lugar, ter dúvida é diferente de ser incrédulo. O incrédulo toma a decisão de não ter fé em Deus por um ato de vontade, e não por uma dificuldade para entender.

O que a dúvida é
Na maioria das vezes, no campo da fé, duvidar significa perguntar ou expressar incertezas. A pessoa que passa por isso, de fato, crê, porém enfrenta obstáculos em relação à sua fé. Ela pode, também, ter alguma preocupação originária em questões não esclarecidas. Essa dúvida surge não porque a pessoa quer duvidar, mas porque ela não entendeu determinados pontos da fé que deveria ter entendido para continuar no caminho que Cristo estabeleceu para a sua igreja na terra. Uma coisa tem de ficar claro: fé e dúvida não se excluem.

Por que a dúvida surge?
A dúvida por ser considerada um sintoma da fragilidade humana ou da relutância em confiar em Deus por completo. Ambas tiveram origem com a entrada do pecado no mundo. Antes, o homem, Adão, conversava diretamente com Deus e, em um diálogo aberto, não tinha motivos para ter dúvida. Por um ato de desconfiança. Adão e Eva colocaram em dúvida as palavras de Seu Senhor para creditar em um animal que estranhamento se comunicou com eles. Este ato de dúvida deu entrada ao pecado no mundo. Ler Gênesis 3:1-5.

A dúvida poder ter origem antes da conversão. São questões não resolvidas que uma pessoa, ao se converter ao cristianismo, leva com ela. Imaginem um cabo de guerra. De um lado, temos dúvidas reais, que impedem ou atrapalham a pessoa de crer. Do outro, temos o evangelho, cuja atração é irresistível. Então, essa atração ao evangelho é tão intensa que, apesar das dúvidas, a pessoa se converte. Mas as dúvidas não desaparecem: continuam do outro lado da corda, dando puxões ocasionais. O cristão, em algumas ocasiões, sente-se fraco e indeciso, mas nutre a esperança de ver as dúvidas e dificuldades resolvidas, à medida que cresce na fé.

A maneira pela qual vocês se converteram estabelecerá um programa para que possam crescer na fé e em entendimento da Palavra, definindo o que precisa ser esclarecido. Como foi a sua conversão? Foi mais ou menos a descrição acima? Ou vocês se entregaram a Jesus sem dúvida?

Parar para pensar como e quando foi sua conversão pode ajudar vocês a ver quais dúvidas vocês trouxeram antes de s converterem.

Lembranças do pecado e da fragilidade humana
A dúvida reflete a presença contínua e o poder do pecado dentro de nós. Isso nos lembra de que somos carentes da graça divina. Ignorar o pecado ou fingir que ele não está presente só porque agora somos convertidos demostra falta de entendimento da Bíblia e da seriedade do pecado humano, que não deixa de existir mesmo dentro dos escolhidos por Cristo. Quando nos convertemos, há uma mudança em nós e passamos a lutar contra esse mal que habita em cada ser humano – esta batalha só será vencida no dia da volta de Cristo, quando formos restaurados por completo. Mas, por enquanto, estamos em plena guerra diariamente, a qual tem os seus efeitos sobre nós, e um deles é a dúvida. Não estamos neste campo de batalha sozinhos: Deus está conosco, dando-nos força e os instrumentos para que fortaleçamos nossa fé.

Leia Filipense 2:12-13

Além do pecado, a dúvida tem a sua causa na fragilidade humana. Somos limitados, criaturas pequenas e pecadoras, como queremos entender tudo? Como compreender um Deus Todo-Poderoso, infinito em sabedoria, onipresente, onisciente, onipotente e triuno, com uma mente tão limitada? É com tentar colocar o universo dentro de uma semente – simplesmente não dá. Por isso, Deus não nos revelou vários mistérios, e os que nos revelou ele fez por meio de analogias e imagens, para que nossa mente pudesse entender. Lembrem-se de Jesus e o seu ensinamento pro meio de parábolas, para que o povo pudesse captar a mensagem. Assim é Deus conosco por meio da Bíblia.

Devemos aprender a confiar no Senhor naquilo que nossa mente não puder alcançar. A certeza é que enfrentaremos dificuldades para entender Deus e o mundo – no entanto isso significa que colocamos nossa fé no alvo errado, e sim apenas somos o que somos: seres humanos.

Pit stop
Reflitam sobre sua vida cristã. Como ela está? Há muitas dúvidas relacionadas à sua fé? Você consegue identificar a origem delas? Será que, com o estudo da Palavra, conversa com os amigos e oração, elas podem ser eliminadas ou diminuídas?

Chegada
O fato de sermos humanos põe limites ao que conseguimos conhecer e entender. Cabe a nós saber quais são eles e como nos afetam. Temos de ter em mente o que podemos esperar conhecer e p que nossa mente jamais poderá aprender. A dúvida nasce, em parte, por causa de expectativas irreais que criamos referentes à certeza. Não temos de sair provando para o mundo que determinadas coisas são verdade. Muitas delas serão compreendidas unicamente pela fé. Estar preparado para aceitar as limitações faz parte do caminho do cristão rumo ao crescimento espiritual.

Bíblia e Família
Busque conversar com seus pais ou com cristãos mais velhos com quem tenham intimidade sobre as dúvidas e inquietações sobre a fé e a vida cristã. Também leiam a Bíblia (Ao seguir temos algumas dicas sobre versículos referentes a dúvidas que temos)

Um pouco mais
Sugiro como ponto de partida a leitura do livro Como lidar com a dúvida sobre Deus e sobre você mesmo, Alister McGrath, Editora Ultimato.

Leituras
Fp 2:12-13
Hb 1:1-4
Hb 2:1-2
1Jo 5:1-5
Sl 90:1-4
Sl 91:1-4
Sl 99

domingo, 15 de julho de 2012

Está Perdido? Nós temos a direção.


"Pois este meu filho, estava morto e voltou a vida; estava perdido e foi achado." Lc 15:24
Este foi o versículo que moveu nosso acampamento de férias 2012.

Tivemos como preletor o Pr. Jorge Noda que nos trouxe palavras muito abençoadas, também tivemos estudos em grupos menores e claro muita alegria e descontração.

Na última noite do acampamento Pr. Carlos Alberto ministrou a Palavra onde tivemos muitos jovens e adolescentes que tinham chegado perdidos, entregando sua vida para Jesus e encontrando o caminho para a salvação.

Abaixo, temos alguns links que mostram somente "alguns" dos momentos especiais que tivemos.

Que Deus continue falando e usando cada um dos jovens e adolescentes que estiveram neste acampamento. A você que não pode ir, te esperamos no próximo.

Links interessantes:

Fotos do acampamento:

Canal onde temos os vídeos que foram feitos no acampamento, tais como, "Policiais anti sequestro", jegue-girls entre outros: