terça-feira, 30 de outubro de 2012

O dia da Reforma Protestante - 31 de outubro


A reforma começou um pouco antes com a insatisfação de muitos religiosos que estavam vendo o Evangelho ser corrompido e distorcido em prol do poder e do clero criando heresias tamanhas como a venda de indulgências e outras anomalias religiosas.

Neste cenário caótico de níveis horripilantes surge um homem que se questiona sobre sua fé e suas crenças e é no encontro a Palavra de Deus (Bíblia), foi neste momento que o Padre e Professor de Teologia Martinho Lutero (1483-1546) percebeu que Igreja Católica Apostólica Romana havia se desviado do alvo e precisava voltar as suas raízes.

No dia 31 de outubro de 1517, ele pregou um texto de sua autoria com “95 TESES” na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, Martinho Lutero (Em alemão: Martin Luther) desafiou os ensinamentos da Igreja na natureza da penitência, a autoridade do papa e da utilidade das indulgências.

Com isto impulsionou o debate teológico que acabou por resultar no nascimento das tradições luteranas, reformadas, anabatistas e anglicanas dentro do cristianismo. Este documento é considerado por muitos como um marco da Reforma Protestante propondo que a Igreja se reformasse para voltar ao primeiro amor do evangelho (Boas Novas).

Pense nisso o dia para ser o marco histórico para os Reformados ou os Protestantes ou os Evangélicos ou os Pentecostais ou os Neopentecostais ou os Avivados ou como queiram ser chamados, seria o dia 31 de outubro, pois foi neste dia no ano 1517 que começou nossa história como movimento de reforma da Igreja de Cristo, tendo a Bíblia como a única regra de fé e pratica. 

Que Deus nos abençoe com a SUA força e nos faça instrumento de bênção na vida das pessoas que estão a nossa volta em nome de  Jesus Cristo, Amém!

Entre neste site:
http://www.monergismo.com/textos/credos/lutero_teses.htm e veja as 95 teses de Martinho Lutero (Em alemão: Martin Luther).

Mais informações sobre a reforma no site:

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O jejum que Deus se agrada



I. PORQUE JEJUAR ?
O Jejum é saudável para o corpo, alma e espírito. Focalizaremos três tipos de Jejuns. São eles:
A. O JEJUM NORMAL - Mt 4.2. Alguns acham que o Jejum de Jesus foi de abstenção somente de alimentos, já que Satanás não o tentou pela sede e sim pela comida. A sede trás sofrimentos mais aterradores que a fome, a menos que o Jejum de Jesus, tenha sido sobrenatural como o de Moisés e Elias.
O Jejum normal, então, é a abstenção somente de alimentos sólidos ou líquidos, mas não de água.

B. O JEJUM ABSOLUTO - At 9.9. Este é um tipo de Jejum em que a pessoa se abstêm de alimento e de bebida, ele deve durar no máximo três dias, pois ficar sem água no organismo durante muito tempo é prejudicial à saúde.
Jejuns sobrenaturais são os de Moisés (Dt 9.9; Ex 34.28) e Elias (I Rs 19.8). Estes tiveram Jejuns sobrenaturais e o fim deles também foi sobrenatural.
Devemos ter muita certeza da vontade de Deus antes de fazer um Jejum prolongado.

C. O JEJUM PARCIAL - Dn 10.3. Uma restrição na dieta e não uma abstenção completa. Este tipo de Jejum pode servir de primeiro passo para as pessoas de complexão física fraca e para as que estão começando a Jejuar. Este não foi o caso de Daniel, pois ele usou numa visão maior de consagração.

II. A DECLARAÇÃO DE JESUS SOBRE O JEJUM - Mt 6. 2,5,16. 
A questão aqui é "quando" jejuares e não "se" jejuares. O Jejum deve ser uma prática normal como o Orar e o Dar. Pode haver Oração sem Jejum e também Jejum sem Oração, pelo menos no sentido de intercessão contínua. Parece que os Profetas e Mestres em Antioquía Jejuavam e Adoravam ao Senhor continuamente. O Jejum é para hoje (Mt 9.15). A Igreja está passando pelo período da ausência do Noivo.
III. JEJUNS PÚBLICOS E REGULARES - Jr 36.6; Jl 2.15
Os Israelitas tinham um Jejum anual como o Jejum da Expiação (Lv 23.27; 16.29; Nm 29.7). Na época de Zacarias havia Jejum no quinto e no sétimo mês (Zc 7.3-5). Os Jejuns devem ser feitos quando a ocasião e a necessidade exigirem. Devemos nos cuidar do período de um determinado dia do ano para Jejuar, pois pode tornar-se em algo vazio, sem forma, como um ritual. Isto não deve nos impedir de Jejuar, ocasionalmente e sempre que o Senhor pedir.
IV. JEJUANDO PARA DEUS - Zc 7.5; At 13.2
O Jejum não deve ser uma forma externa de santificação. Deve ser para Deus que vê em secreto. Pode-se cair no desejo extremo dos Fariseus de aparecerem ou no desejo pessoal, egoístico, para satisfazer ambições pessoais sem que o motivo seja a Glória de Deus. Isaías 58 fala que o Jejum agradável para Deus é o Jejum que
Ele escolheu. O Jejum, assim como a Oração deve ter a sua origem em Deus para que tenha efeito.
V. PROPÓSITO DO JEJUM
Vimos que é importante Jejuar, os vários tipos de Jejuns, por isso vejamos agora para que serve o Jejum?

A. PARA SANTIFICAÇÃO INDIVIDUAL (Sl 69.10; 35.13). Por trás dos pecados que tentam nos dominar, dos fracassos pessoais e dos muitos males que afetam a Igreja ao obstruir os canais da Benção de Deus, por trás dos choques de personalidades, temperamentos se encontra o orgulho do homem. O Jejum é um corretivo divino que prepara a terra, quebra o orgulho disciplina o corpo e humilha a alma.

B. PARA BUSCAR A DEUS E SE HUMILHAR (Ed 8.21-23; Ne 9.1-3). O Jejum dá asas a Oração, dá Poder nas Petições. A Oração é a guerra contra as forças opositoras. O Homem que Ora com Jejuns testifica aos Céus que quer aquilo que busca (Jr 29.13-14; Jl 2.12). "O Jejum serve para expressar, aprofundar e confirmar a resolução de que estamos prontos para sacrificar qualquer coisa a fim de conseguir o que buscamos para o Reino de Deus"(André Murray). O Homem que Ora com Jejuns está dizendo aos Céus que é sincero, que está "importunando" e mostrando porque o seu caso é urgente.

C. PARA QUE DEUS MUDE A SITUAÇÃO (Jn 3.4,10). Aqui uma cidade prevaleceu com Deus pelo jejum e a Oração. Deus enviou Jonas a cidade de Nínive a fim de estender a Sua Misericórdia aos Ninivitas. O pecado é visitado com Juízo, mas o Arrependimento com Misericórdia (Jr 18.7-8). Acabe Jejuou "para o mal" até possuir a Vinha de Nabote, ao ser alertado por Deus através de Elias, Acabe se Arrependeu e Deus não fez o mal que prometera em seus dias ( I Rs 21.27-29; Jl 2.12-14).

D. PARA SOLTAR OS CATIVOS (Is 58. 6). Há em Isaías 58.6 uma aplicação espiritual para os nossos dias. É uma luta travada nas "regiões celestiais". Satanás é um adversário duro e não quer tirar as suas mãos das vidas a menos que seja forçado a fazê-lo. O Jejum provê esta força é um fortalecimento do intercessor para forçar o inimigo a largar a sua presa. No caso do discípulo o jejum é uma arma com a qual podemos vencer ao Diabo (Mc 9.29). Dá também autoridade ao Discípulo no momento que dá a ordem de libertação.

E. PARA RECEBER REVELAÇÃO (Dn 9. 2,3,21,22). No Novo Testamento há casos de Jejum (At 10.10) Pedro; Paulo (At 27.21-24); Paulo Jejuava com frequencia (II Co 11.27) e o Capítulo seguinte fala de suas grandes Revelações. Nada nas Escrituras indica que devemos andar a cata de Sonhos e Revelações. Quando se busca a Deus, entretanto, pode-se encontrá-las. Necessitamos constantemente da Revelação de Deus para as nossas vidas.

F. PARA SUBJUGAR O CORPO (I Co 9.27; Ex 16.3; Nm 11.4-5, 21.5). O modo mais fácil de chegarmos a uma pessoa é através de seu estômago. Foi assim com Eva, Noé (Gn 3.6; 9.20-21). Deus nos deu o corpo e certos instintos básicos que incluem os apetites do corpo, mas Ele requer que tenhamos o físico submisso ao espiritual. O Discípulo deve distinguir a linha entre satisfazer os desejos do corpo e as demandas do espírito. Paulo insiste em disciplinar o corpo para não "satisfazer os desejos da carne" (Rm 13.14), "revestir-se do Senhor Jesus".
O Jejum deve ser para o discípulo um exercício espiritual normal, assim como para um atleta é o preparo físico. O Novo Testamento sempre alerta assim: "Foge... dos desejos da mocidade"(II Tm 2.22); "Renunciando... aos desejos mundanos"(Tt 2.12); "Peço-vos... que vos abstenhais dos desejos carnais"(I Pe 2.11). É importante eliminar alimentos que trazem vícios ao corpo.

VI. ASPECTOS PRÁTICOS DO JEJUM
A. O JEJUM E O CORPO (I Co 6.13, 19-20). Um corpo normal, saudável e bem alimentado, pode resistir ao Jejum por várias semanas, sem ser prejudicado. O corpo se alimenta do excesso de gorduras e somente depois de muito tempo é que começa a consumir as células vivas e entra então em estado de inanição. O Jejum ajuda o corpo a purificar-se.

B. PARA A SAÚDE E CURA (III Jo 2; Is 58.8). A promessa da cura está incluída no Jejum escolhido por Deus. No Jejum os depósitos de gorduras, material desgastado e tecidos mortos são digeridos e eliminados.

C. COMO COMEÇAR:
1. Não comece logo Jejuando 40 dias !
2. Comece com Jejum Parcial. Abstendo-se apenas do café da manhã.
3. Progressivamente elimine o almoço e depois também a janta.
4. Antes de dormir "quebre" o Jejum com uma fruta, não coma muito.
5. Não devemos comer muito no dia que antecede o Jejum.
6. Quanto mais longo for o Jejum, mais precisamos nos certificar de que é da vontade de Deus que Jejuemos.
7. É bom eliminar o chá e o café gradativamente, quem quer ter a prática do jejum não pode depender do café ou do chá.
8. Prepare-se para que o Jejum seja um tempo de lutas contra os poderes das trevas; sempre faça estas perguntas:

a. Tenho certeza que este desejo de Jejuar procede de Deus?
b. Deus quer um Jejum Normal ou Parcial?
c. São os motivos corretos? Haveria um desejo oculto de causar impressão aos outros?
d. Quais são os objetivos espirituais que busco com este Jejum?(Santificação pessoal ou consagração; por problemas; intervenção divina; orientação; bençãos; plenitude do Espírito Santo para mim ou para os outros; para libertar os cativos; acalmar a ira divina e pedir avivamento).
e. São os meus objetivos egocêntricos? Estes desejos de benção pessoal está equilibrado por uma sincera preocupação com os outros?
f. Acima de qualquer coisa será que a minha determinação é a de servir ao Senhor durante este Jejum?

D. COMO TERMINAR O JEJUM. Um Jejum prolongado não deve ser terminado comendo-se comidas que fermentem muito (I Sm 30.11-12).
Fonte: Livro "O JEJUM ESCOLHIDO POR DEUS" de Arthur Wallis
Vale lembrar também que o jejum não precisa ser necessariamente de comida, outras opções são: TV, Facebook, navegar na Internet, games, telefone ou qualquer outra coisa que realmente sinta falta e sirva para te lembrar do propósito deste jejum, conforme explicado anteriormente.

domingo, 7 de outubro de 2012

Jesus - Dúvidas sobre sua existência



Mente e coração
“A palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus.” 1Corintios 1:18

Instrução básica: Mateus 28:1-10
Mais leituras: Marcos 16:1-8; Lucas 24:1-11; João 20:1-9

Texto e contexto
Conhecer a Jesus por meio da História é conhece-lo de longe. É somente saber a respeito dele em vez de conhece-lo de fato. Uma das evidências mais poderosas que garante que Jesus viveu, morreu e voltou dos mortos revela-se nas vidas transformadas de seus discípulos, desde aqueles do primeiro século até os do tempo presente. Durante o século 19, estudiosos estabeleceram uma linha divisória entre o Jesus da história e o Cristo da fé. Nossa experiência, com a de outros cristãos ao longo da História, é que tal barreira não existe. Por causa da ressurreição  o Jesus histórico continua vivo na História. Como afirmam as Escrituras “Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre” (Leia Hb 13:8)

Texto e vida
Certa vez ouvi uma história sobre um barbeiro que gostava de falar aos seus clientes que não cria em Jesus. Certo dia, interpelado por um deles, disse que não poderia acreditar que Jesus salva o homem, sendo que o homem continua a fazer tantas coisas horríveis. O cliente olhou pelo vidro da barbearia que dava para a rua e disse: “E eu não acredito em barbeiros”. Indignado, o barbeiro quis saber de onde ele tirou aquela ideia absurda. Ele respondeu: “Eu vejo homens com barbas malfeitas, cabelos sujos e mal cortados. Minha conclusão é que não existem barbeiros.”. Na mesma hora o barbeiro retrucou: “Mas eles estão assim porque não vêm até mim.” Ao que respondeu o cliente: “E muitas pessoas continuam com sua maldades porque também não vão até Jesus”.
Foco
Saber que a Bíblia e seus relatos sobre Jesus são fontes confiáveis;
Levar cada um a se sentir interessado pela vida do Mestre.

Partida
As dúvidas sobre Jesus tendem a ser factuais, isto é, relacionadas a fatos de sua vida aqui na terra. De vez em quando, programas de televisão ou livros alegam ter uma nova evidência que acabará com o que se conhece sobre Jesus até então. O Código Da Vinci alega, com bases históricas duvidosas, que Jesus teve um filho com Maria Madalena, tendo então dado início à descendência aqui na terra.

A descoberta do Evangelho Segundo Judas veio colocar em dúvida o que é apresentado nos Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João. O principal fato apresentado por esse “Evangelho” é que Judas não seria um traidor, mas, um herói, e que Jesus teria dado um jeito de ser entregar para a crucificação. Embora seja um documento antigo, que ainda está sendo estudado, não se pode provar que tenha sido escrito por Judas Iscariotes ou que o que ele conta seja verdade. E, sejamos honestos, são quatro Evangelhos falando uma coisa e um falando o contrário. No meio disso tudo, alguns cristãos podem ficar confusos.
Jesus Existiu?

De vez em quando, livros, filmes e estudos sensacionalistas sobre Jesus surgem do nada, fazendo o maior rebuliço. A maioria deles alega ter encontrado evidências ocultas sobre Jesus, escondidas para proteger o cristianismo como o conhecemos. Eles defendem que os cristãos primitivos – os do começo da igreja – esconderam fatos sobre Jesus que não se encaixavam nas ideias que tinham.

De cara, a primeira dúvida que surge é se Jesus existiu mesmo. A base para dizer que ele não existiu é extremamente frágil. Se a existência tiver de ser negada com base em evidências disponíveis, será obrigatório negar a existência de inúmeros personagens históricos. Temos relatos históricos de seus discípulos e menções ocasionais a Jesus em textos de não cristãos.

As principais fontes de informação não bíblicas sobre Jesus:
Tácito: romano do primeiro século, considerado um dos mais precisos historiadores do mundo antigo, mencionou “cristãos” supersticiosos – “nomeados a partir de Christus”, palavra latina para Cristo;
Flávio Josefo é o mais famoso historiador judeu. Em sua Antiguidade Judaica, se refere a Tiago: “O irmão de Jesus, que era chamado Cristo”;
Julio Africano cita o historiados Talo em uma discussão sobre trevas que sucederam a crucificação de Cristo;
Plínio, o Jovem, em Epístola 10.96, registrou práticas primitivas de adoração, incluindo o fato de que os cristãos adoravam a Jesus como Deus e eram muito éticos, e inclui uma referência ao banquete de amos e a Santa Ceia.

E por aí vai... há outras citações de historiadores não cristãos sobre Jesus.

A principal fonte cristã que temos da existência de Jesus é a Bíblia, que tem tanto valor histórico quanto qualquer outro documento existente e que deve ser reconhecida como tal. Todos os Evangelhos registram o que Jesus fez, aonde ele foi, com quem conversou, o que aconteceu, etc. Os quatro Evangelhos apresentam pouca diferença entre si. Por que os outros textos poderiam ser considerados fonte de prova da existência de Jesus e a Bíblia não? (Leia Mateus 2:16-23)

A ressurreição é algum tipo de disfarce?
Outra dúvida que aparece com frequência é se a ressurreição aconteceu ou se foi um tipo de artimanha para esconder o verdadeiro destino de Jesus – como não ter ressuscitado de fato. Essa insinuação apareceu primeiro no século 18 – mas pessoas hoje em dia continuam a fazer a mesma pergunta.

Atualmente, alguns cristãos creem que era fácil para os primeiros cristãos acreditar que Jesus tinha ressuscitado, afinal crer em ressurreição era comum naquela época: o corpo podia ter desaparecido, logo, seriam levados a crer que Jesus ressuscitou. Na verdade, isso não é verdade.

Havia um gruo de religiosos bem influentes da época, os saduceus, que era totalmente contra a ideia da ressurreição (Leia At 23:6-8). Além disso, as pessoas da época falavam mais da ressurreição geral, no último dia (Leia João 11:21-24). Nada a ver com pessoas levantando do túmulo. Isso acontecia nos milagres de Jesus. Portanto, a proclamação da ressurreição de Jesus não foi algo tomado como normal. 

Os discípulos originais acreditavam que Jesus ressuscitara dos mortos, apesar de terem toda predisposição para não crer. Pensem na situação que os discípulos enfrentaram depois da crucificação de Jesus:

  1. O líder deles estava morto. E os judeus não tinham nenhuma crença acerca de um Messias morto, muito menos ressurreto. Esperava-se que o Messias expulsasse os inimigos de Israel (isto é, Roma) e reinstaurasse o reino davídico — e não que sofresse a morte vergonhosa de um criminoso.
  2. De acordo com a lei judaica, a execução de Jesus como criminoso demonstrava que ele era herege, um homem literalmente debaixo da maldição de Deus (Leia Dt 21.23). Para os discípulos, a catástrofe da crucificação não era simplesmente que seu Mestre se fora, mas que a crucificação mostrou de fato que os fariseus estavam certos o tempo todo, que durante três anos eles tinham seguido um herege, um homem amaldiçoado por Deus!
  3. As crenças judaicas a respeito da vida após a morte excluíam a possibilidade de alguém ressuscitar dos mortos para a glória e a imortalidade antes da ressurreição geral no fim do mundo. Tudo o que os discípulos poderiam fazer seria preservar o túmulo do seu Mestre como um santuário onde seus ossos poderiam descansar até o dia em que todos os justos de Israel que estivessem mortos fossem ressuscitados por Deus para a glória.

A despeito de tudo isso, os discípulos originais creram e estavam dispostos a enfrentar a morte pelo fato da ressurreição de Jesus. 

Luke T. Johnson, especialista em Novo Testamento da Universidade Emory, pondera: “é indispensável algum tipo de experiência poderosa e transformadora para produzir a espécie de movimento que foi o cristianismo primitivo [...]”.

N. T. Wright, destacado erudito britânico, conclui: “como historiador, não consigo explicar a ascensão do cristianismo primitivo a menos que Jesus tenha ressurgido, deixando atrás de si um túmulo vazio”

Se você tem problemas com a ressurreição de Jesus, podem achar ajuda nos pontos a seguir:
A ênfase no fato histórico, comum a todos os Evangelhos: o sepulcro estava vazio. Isso não prova a ressurreição  mas é coerente com ela (Leia Mateus 28:1-10; Marcos 16:1-8; Lucas 24:1-11; João 20:1-9)

  • A prática da veneração do sepulcro era comum na época do Novo Testamento. Isso quer dizer que os discípulos de um profeta usavam a tumba dele como lugar de encontro e de adoração (algo parecido, mas em grande escala, acontece hoje com a tumba de Maomé e muitos judeus ainda veneram a tumba de Davi em Jerusalém). Porém, não temos registros de veneração da tumba de Jesus por seus discípulos e a razão é simples: o corpo dele não estava na tumba.
  • Pouco depois da sua morte, Jesus era descrito em termos exaltados por seus seguidores. Não era venerado como profeta ou rabino morto, e sim adorado como o Senhor vivo e ressurreto. Por que os cristãos começaram a falar de um rabino morto como se fosse Deus? Por que começaram a falar sobre ele como se estivesse vivo, orando a ele e o adorando? O que levou tantas pessoas a morrerem martirizadas por Jesus, recusando-se a negá-lo mesmo diante de mortes horríveis? Só um fato anormal para o mundo como a ressurreição de Jesus se encaixa neste padrão geral.



Pensem: o rumor da ressurreição de Jesus poderia ter sido facilmente abafado pelas autoridades pela simples exposição pública de seu corpo. É um fato muito importante para que não haja no Novo Testamento nenhuma tentativa de tentar explicar a existência do corpo de Cristo. Simplesmente, esse fato não foi necessário, porque não havia corpo. (Leia Mt 28:11-15)

O corpo poderia ter sido roubado? Vejamos os principais envolvidos durante estes acontecimentos:
Romanos: Queriam Manter a paz na palestina. Roubar o corpo de Cristo não manteria esta paz.
Judeus: a última coisa que queriam era a proclamação da ressurreição de Cristo, tanto que pediram para montar guarda para evitar isto (Leia Mt 27:62-66).
Discípulos: se eles tivessem feito isto, mais tarde não teriam morrido alguns de maneiras horríveis por algo que seria mentira.

Você sabia? Jesus aparece por cerca de 40 dias a mais de 500 pessoas após sua ressurreição. (Leia 1Co 15:3-8)

Pergunta para pensar e escrever em um papel: Por que alguém que viveu há 2000 anos pode ser relevante para mim? (Este atividade fizemos em classe onde cada um escreveu o por que Jesus é importante para suas vidas mesmo depois de 2000 anos. Li todas elas. Uma mais linda que a outra)

Pit stop
Vocês já tiveram algumas dúvidas relacionadas a Jesus? Se sim, suas dúvidas foram respondidas com o que foi apresentado nesta lição? Se não foram, podem procurar seu professor da escola dominical ou um dos pastores para que possam esclarecer suas dúvidas”. 
Não fiquem na dúvida – fiquem com Jesus.

Chegada
O Natal ainda é comemorado, assim como a Páscoa e a Ceia. Pessoas, em diversos lugares, ainda se dispõem a sofrer e a morrer por Jesus para levar sua mensagem. Contudo, os fatos sensacionalistas vão continuar aparecendo – é só esquecermos um que logo aparece outro. A grande questão é que, enquanto esses fatos são esquecidos, Jesus e sua história verdadeira permanecem na nossa memória e em nossos corações, há mais de 2000 anos.

Bíblia e família
Leia os Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) para conhecer mais sobre a vida de Jesus. Comecem a ler com seus pais, tios, avos ou quem quer que você more. Que Deus fale com você e através de você com outras pessoas. Deixe Deus usar você.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Fracasso para o mundo - Sucesso para Deus



Mente e Coração
“Aquele que pratica o bem procede de Deus; aquele que pratica o mal jamais viu a Deus.” 3Jo 11
Instrução básica: Mt 5:3-12


Texto e contexto

  • Ser humilde de espírito é reconhecer nossa pobreza espiritual ou, falando claramento, a nossa falência espiritual diante de Deus, pois somos pecadores, sob a santa ira de Deus, e nada merecemos além do juízo de Deus. Nada temos a oferecer, nada a reivindicar, nada com que comprar favores no céu.
  • A mansidão denota uma atitude humilde e gentil para com os outros, determinada por uma estimativa correta de si mesmo. É comparativamente fácil ser honesto consigo mesmo diante de Deus e se reconhecer pecador diante dele. Mas é muito mais difícil permitir que as outras pessoas digam uma coisa dessas. Tolos nós preferimos nos condenar a permitir que outras pessoas nos condenem.
  • Cada cristão tem de ser um pacificador, tanto na igreja como na sociedade. Fica claro, por meio dos ensinamentos de Jesus a seus apóstolos, que jamais deveríamos procurar conflitos  ou ser responsáveis por eles. Pelo contrário, somos chamados para pacificar, devemos ativamente buscar a paz e, até onde depender de nós, “ter paz com todos os homens”.


Texto e vida
Cremos que o mundo todo sabe de sua imperfeição moral. “Ninguém é perfeito”, dizemos, mas completamos: “Não sou tão mau assim”. É preciso ter a ajuda do Espírito para que possamos, de fato, entender e assumir que somos pecadores necessitados de perdão. Somente o Espírito pode convencer e levar os pecadores que rejeitaram por natureza a Cristo, Convencidos dos nossos pecados e infidelidade, podemos voltar-nos para o bendito Salvador, conscientes de nossas falhas.


Foco

  • Compreender que é possível falhar na obra de Deus;
  • Entender o que é ser um sucesso para o reino de Deus;
  • Sentir-se mais motivado a desenvolver uma postura mais adequada aos padrões estabelecidos por Deus para o sucesso.


Partida
Existem alguns fracassos para o mundo que são verdadeiros sucessos para Deus. O que vale para o homem ganhar o mundo e perder a alma? O que vale todo reconhecimento, sucesso, status se decepcionarmos a Deus e não seguirmos os passos de Jesus?
Tudo que fizermos para o mundo ficará no mundo, mas o que fizermos para Deus colheremos os frutos na eternidade.

Deus conhece aqueles a quem chamou e sabe o que esperar de cada um. Assumir a fragilidade e ter senso de fracasso permite crescimento, mostrando sinceridade e discernimento. Ter uma imagem muito elevada de si mesmo pode prejudicar os filhos de Deus e os afastar do seu propósito na terra. Mas ter uma imagem muito baixa faz mal também. O que devemos é entender o que Deus quer, quais os padrões que ele nos deixou na Bíblia que podem nos ajudar e tentar fazer o nosso melhor, conscientes das limitações humanas.


Que utilidade eu posso ter para Deus?
Vocês já se pegaram pensando isso? Na lição passada, falamos de dons, os quais permitem que identifiquemos áreas em que fomos chamados para trabalhar para Deus. Mas pode ser que nos achemos incapazes de colocar esses dons em prática. Ou por sermos pecadores, ou porque não nos sentimos qualificados para o trabalho que Deus nos deu. Sabemos o que é certo e bom, porém parece que não conseguimos atingir certos ideais. Muitos cristãos se encontram na seguinte situação: quanto mais aprofundam a sua fé e mais próximos de Deus estão, mais percebem os seus pecados e suas imperfeições. Isso é bom, pois coloca o homem em seu lugar e o ajuda a ver as coisas pela perspectiva certa: a da graça de Deus.
Talvez vocês se sintam culpados porque sabem que poderiam ter servido melhor a Deus ou porque não falaram com ninguém sobre o evangelho. Quem sabe fizeram algo que sabiam que era errado. Sentem-se um fracasso aos olhos de Deus: o que ele poderia fazer por meio de vocês? A resposta é simples: muita coisa. Leia Mateus 26:31-35, 69-75

Lembrem-se do fracasso de Pedro. Ele negou Jesus três vezes. Sentiu-se um fracasso por causa disso. Mas se arrependeu, foi restaurado e usado por Deus para a sua obra. Deus perdoa os fracassos do passado e nos capacita para começar de novo.

Temos de ter em mente, então que o que fazemos, fazemos porque Deus permite e nos capacita para isso. Temos de continuar trabalhando apesar do sentimento de fracasso que possamos ter dentro de nós, tendo a consciência de que, quando estivermos dando o nosso melhor para Deus, o sentimento de fracasso que pode surgir será, na realidade, uma perspectiva correta de nossa condição de pecadores diante de Deus.


Sucesso para o mundo (mas fracasso para Deus)
O mundo tem os seus padrões e, para atingi-los, em geral é necessário determinado conjunto de características. No mundo, normalmente (mas não exclusivamente) alcança sucesso quem é autoconfiante e agressivo, saindo sempre por cima nos conflitos, destruindo a reputação do oponente. Os fracos são vitimas dos fortes. Já ouviram a frase “os fins justificam os meios”? Bem, muita gente pensa assim quando se trata de alcançar sucesso.

Existia um programa chamado “O aprendiz”? Este programa nos mostra claramente o que é necessário para se ter sucesso aos olhos do mundo. Não apenas garra, determinação, estudo ou força de vontade determinam o vencedor, mas também o saber manipular, jogar a culpa nos outros, brigar, intimidar, humilhar, ser egoísta, pensar em si mesmo, abrir mão de padrões e da família, etc. Nesse reality show, é cada um por si... e Deus, bem..., ele fica de fora.

Isso não quer dizer que vocês não possam querer o sucesso no mundo. Mas este sucesso deve ser conseguido dentro dos padrões de Deus, ou seja: sem mentira, sem puxão de tapete, sem bajulação, sem fofoca, sem violência verbal, sem agressividade, sem abrir mão da família, da igreja e de Deus. Vocês têm de poder glorificar a Deus com a sua vida e com o que vocês fazem. Se o seu testemunho for péssimo, o seu sucesso para Deus será como um cheiro de algo podre.


Sucesso para Deus (mas fracasso para o mundo)
O evangelho estabelece um estilo de vida muito diferente, que parece pura estupidez sem sentido para o mundo. Grande ênfase é dada à compaixão pelos outros e o cuidado com eles, especialmente com os fracos. 1Jo 4:7-12

O amor desinteressado e verdadeiro deve ser o que define um cristão. Em vez de tirar proveito de uma pessoa mais fraca ou com dificuldade, o cristão deve ajuda-la, mesmo que para isso se prejudique, atrase-se ou seja taxado de bobo.

O evangelho desafia os valores do mundo. Querem um exemplo melhor de falta de sucesso aos olhos do mundo do que Jesus? Ele era o Filho de Deus, mas não tinha sua própria casa, propriedades, servos ou dinheiro. Dependia dos outros. Andava com doentes e rejeitados. E morreu em uma cruz, sendo este o ápice de sua vida terrena. Jesus deixou uma lista de características que os cristãos devem ter. Podemos aplica-las em nossa vida na busca do sucesso.


O caráter cristão para o sucesso do reino.
As bem-aventuranças descrevem o caráter equilibrado do povo cristão. São nove qualidades que todos os cristãos precisam ter e desenvolver em suas vidas, aplicando-as no dia a dia. As bem-aventuranças são especificações dadas pelo próprio Cristo quanto ao que cada cristão deveria ser. E da mesma maneira que o fruto do Espírito deve amadurecer em seus nove aspectos no caráter cristão (Fruto do Espírito - Gl 5:22-24: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio) assim as nove bem-aventuranças devem ser desenvolvidas (Bem-aventuranças - Mt 5:3-12: humildes de espírito, os que choram, os mansos, os que têm fome e sede de justiça, misericordiosos, limpos de coração, pacificadores, perseguidos por causa da justiça, vós quando vos injuriarem e perseguirem e mentindo disserem todo mal contra vós por minha causa). Bem aventurado significa FELIZ. Esse é o padrão de Deus para o cristão. Qualquer sucesso de um cristão no mundo não pode desviar-se desses preceitos ou deturpar o caráter que Jesus estabeleceu como modelo para os habitantes do reino dos céus.

Pit stop
Vocês já pensaram que conseguiriam lidar com as pressões de determinadas situações relacionadas ao trabalho de Deus ou ser cristão no mundo e, depois, descobriram que não eram capazes? E sentiram que desapontaram o Senhor? Pensem nisso a luz do exemplo de Pedro. Ele deve ter sentido mais ou menos o mesmo que vocês. Mas esse não foi o fim da história dele – nem deve ser o das suas histórias. Se vocês sentem que falharam com Deus, digam isso a Ele, para que possam receber perdão e ajuda.

Não fiquem ansiosos caso sintam que são um fracasso ou se achem totalmente despreparados como cristãos. O problema real começa se vocês pensam que são um sucesso ou que não precisam de Deus, ou se querem ser um sucesso nos moldes do mundo, dentro e fora da igreja. Se formos sinceros, perceberemos que, quanto à vida cristã, somos todos fracassados. Por isso é tão maravilhoso saber que Deus nos ama, nos perdoa e que é capaz de agir por meio de nós, apesar de nossas falhas, nos consolando e nos fortalecendo, antes de nos enviar para tentar de novo.

Um pouco mais
Leia o artigo “As bem-aventuranças – o caráter do cristão”, acessando www.pibrj.org.br. Clique em Serviços <Estudos> e escreva “bem-aventuranças” no espaço para busca.

Aula da UPA dos dias 23 e 30/agosto/2012