domingo, 7 de outubro de 2012

Jesus - Dúvidas sobre sua existência



Mente e coração
“A palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus.” 1Corintios 1:18

Instrução básica: Mateus 28:1-10
Mais leituras: Marcos 16:1-8; Lucas 24:1-11; João 20:1-9

Texto e contexto
Conhecer a Jesus por meio da História é conhece-lo de longe. É somente saber a respeito dele em vez de conhece-lo de fato. Uma das evidências mais poderosas que garante que Jesus viveu, morreu e voltou dos mortos revela-se nas vidas transformadas de seus discípulos, desde aqueles do primeiro século até os do tempo presente. Durante o século 19, estudiosos estabeleceram uma linha divisória entre o Jesus da história e o Cristo da fé. Nossa experiência, com a de outros cristãos ao longo da História, é que tal barreira não existe. Por causa da ressurreição  o Jesus histórico continua vivo na História. Como afirmam as Escrituras “Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre” (Leia Hb 13:8)

Texto e vida
Certa vez ouvi uma história sobre um barbeiro que gostava de falar aos seus clientes que não cria em Jesus. Certo dia, interpelado por um deles, disse que não poderia acreditar que Jesus salva o homem, sendo que o homem continua a fazer tantas coisas horríveis. O cliente olhou pelo vidro da barbearia que dava para a rua e disse: “E eu não acredito em barbeiros”. Indignado, o barbeiro quis saber de onde ele tirou aquela ideia absurda. Ele respondeu: “Eu vejo homens com barbas malfeitas, cabelos sujos e mal cortados. Minha conclusão é que não existem barbeiros.”. Na mesma hora o barbeiro retrucou: “Mas eles estão assim porque não vêm até mim.” Ao que respondeu o cliente: “E muitas pessoas continuam com sua maldades porque também não vão até Jesus”.
Foco
Saber que a Bíblia e seus relatos sobre Jesus são fontes confiáveis;
Levar cada um a se sentir interessado pela vida do Mestre.

Partida
As dúvidas sobre Jesus tendem a ser factuais, isto é, relacionadas a fatos de sua vida aqui na terra. De vez em quando, programas de televisão ou livros alegam ter uma nova evidência que acabará com o que se conhece sobre Jesus até então. O Código Da Vinci alega, com bases históricas duvidosas, que Jesus teve um filho com Maria Madalena, tendo então dado início à descendência aqui na terra.

A descoberta do Evangelho Segundo Judas veio colocar em dúvida o que é apresentado nos Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João. O principal fato apresentado por esse “Evangelho” é que Judas não seria um traidor, mas, um herói, e que Jesus teria dado um jeito de ser entregar para a crucificação. Embora seja um documento antigo, que ainda está sendo estudado, não se pode provar que tenha sido escrito por Judas Iscariotes ou que o que ele conta seja verdade. E, sejamos honestos, são quatro Evangelhos falando uma coisa e um falando o contrário. No meio disso tudo, alguns cristãos podem ficar confusos.
Jesus Existiu?

De vez em quando, livros, filmes e estudos sensacionalistas sobre Jesus surgem do nada, fazendo o maior rebuliço. A maioria deles alega ter encontrado evidências ocultas sobre Jesus, escondidas para proteger o cristianismo como o conhecemos. Eles defendem que os cristãos primitivos – os do começo da igreja – esconderam fatos sobre Jesus que não se encaixavam nas ideias que tinham.

De cara, a primeira dúvida que surge é se Jesus existiu mesmo. A base para dizer que ele não existiu é extremamente frágil. Se a existência tiver de ser negada com base em evidências disponíveis, será obrigatório negar a existência de inúmeros personagens históricos. Temos relatos históricos de seus discípulos e menções ocasionais a Jesus em textos de não cristãos.

As principais fontes de informação não bíblicas sobre Jesus:
Tácito: romano do primeiro século, considerado um dos mais precisos historiadores do mundo antigo, mencionou “cristãos” supersticiosos – “nomeados a partir de Christus”, palavra latina para Cristo;
Flávio Josefo é o mais famoso historiador judeu. Em sua Antiguidade Judaica, se refere a Tiago: “O irmão de Jesus, que era chamado Cristo”;
Julio Africano cita o historiados Talo em uma discussão sobre trevas que sucederam a crucificação de Cristo;
Plínio, o Jovem, em Epístola 10.96, registrou práticas primitivas de adoração, incluindo o fato de que os cristãos adoravam a Jesus como Deus e eram muito éticos, e inclui uma referência ao banquete de amos e a Santa Ceia.

E por aí vai... há outras citações de historiadores não cristãos sobre Jesus.

A principal fonte cristã que temos da existência de Jesus é a Bíblia, que tem tanto valor histórico quanto qualquer outro documento existente e que deve ser reconhecida como tal. Todos os Evangelhos registram o que Jesus fez, aonde ele foi, com quem conversou, o que aconteceu, etc. Os quatro Evangelhos apresentam pouca diferença entre si. Por que os outros textos poderiam ser considerados fonte de prova da existência de Jesus e a Bíblia não? (Leia Mateus 2:16-23)

A ressurreição é algum tipo de disfarce?
Outra dúvida que aparece com frequência é se a ressurreição aconteceu ou se foi um tipo de artimanha para esconder o verdadeiro destino de Jesus – como não ter ressuscitado de fato. Essa insinuação apareceu primeiro no século 18 – mas pessoas hoje em dia continuam a fazer a mesma pergunta.

Atualmente, alguns cristãos creem que era fácil para os primeiros cristãos acreditar que Jesus tinha ressuscitado, afinal crer em ressurreição era comum naquela época: o corpo podia ter desaparecido, logo, seriam levados a crer que Jesus ressuscitou. Na verdade, isso não é verdade.

Havia um gruo de religiosos bem influentes da época, os saduceus, que era totalmente contra a ideia da ressurreição (Leia At 23:6-8). Além disso, as pessoas da época falavam mais da ressurreição geral, no último dia (Leia João 11:21-24). Nada a ver com pessoas levantando do túmulo. Isso acontecia nos milagres de Jesus. Portanto, a proclamação da ressurreição de Jesus não foi algo tomado como normal. 

Os discípulos originais acreditavam que Jesus ressuscitara dos mortos, apesar de terem toda predisposição para não crer. Pensem na situação que os discípulos enfrentaram depois da crucificação de Jesus:

  1. O líder deles estava morto. E os judeus não tinham nenhuma crença acerca de um Messias morto, muito menos ressurreto. Esperava-se que o Messias expulsasse os inimigos de Israel (isto é, Roma) e reinstaurasse o reino davídico — e não que sofresse a morte vergonhosa de um criminoso.
  2. De acordo com a lei judaica, a execução de Jesus como criminoso demonstrava que ele era herege, um homem literalmente debaixo da maldição de Deus (Leia Dt 21.23). Para os discípulos, a catástrofe da crucificação não era simplesmente que seu Mestre se fora, mas que a crucificação mostrou de fato que os fariseus estavam certos o tempo todo, que durante três anos eles tinham seguido um herege, um homem amaldiçoado por Deus!
  3. As crenças judaicas a respeito da vida após a morte excluíam a possibilidade de alguém ressuscitar dos mortos para a glória e a imortalidade antes da ressurreição geral no fim do mundo. Tudo o que os discípulos poderiam fazer seria preservar o túmulo do seu Mestre como um santuário onde seus ossos poderiam descansar até o dia em que todos os justos de Israel que estivessem mortos fossem ressuscitados por Deus para a glória.

A despeito de tudo isso, os discípulos originais creram e estavam dispostos a enfrentar a morte pelo fato da ressurreição de Jesus. 

Luke T. Johnson, especialista em Novo Testamento da Universidade Emory, pondera: “é indispensável algum tipo de experiência poderosa e transformadora para produzir a espécie de movimento que foi o cristianismo primitivo [...]”.

N. T. Wright, destacado erudito britânico, conclui: “como historiador, não consigo explicar a ascensão do cristianismo primitivo a menos que Jesus tenha ressurgido, deixando atrás de si um túmulo vazio”

Se você tem problemas com a ressurreição de Jesus, podem achar ajuda nos pontos a seguir:
A ênfase no fato histórico, comum a todos os Evangelhos: o sepulcro estava vazio. Isso não prova a ressurreição  mas é coerente com ela (Leia Mateus 28:1-10; Marcos 16:1-8; Lucas 24:1-11; João 20:1-9)

  • A prática da veneração do sepulcro era comum na época do Novo Testamento. Isso quer dizer que os discípulos de um profeta usavam a tumba dele como lugar de encontro e de adoração (algo parecido, mas em grande escala, acontece hoje com a tumba de Maomé e muitos judeus ainda veneram a tumba de Davi em Jerusalém). Porém, não temos registros de veneração da tumba de Jesus por seus discípulos e a razão é simples: o corpo dele não estava na tumba.
  • Pouco depois da sua morte, Jesus era descrito em termos exaltados por seus seguidores. Não era venerado como profeta ou rabino morto, e sim adorado como o Senhor vivo e ressurreto. Por que os cristãos começaram a falar de um rabino morto como se fosse Deus? Por que começaram a falar sobre ele como se estivesse vivo, orando a ele e o adorando? O que levou tantas pessoas a morrerem martirizadas por Jesus, recusando-se a negá-lo mesmo diante de mortes horríveis? Só um fato anormal para o mundo como a ressurreição de Jesus se encaixa neste padrão geral.



Pensem: o rumor da ressurreição de Jesus poderia ter sido facilmente abafado pelas autoridades pela simples exposição pública de seu corpo. É um fato muito importante para que não haja no Novo Testamento nenhuma tentativa de tentar explicar a existência do corpo de Cristo. Simplesmente, esse fato não foi necessário, porque não havia corpo. (Leia Mt 28:11-15)

O corpo poderia ter sido roubado? Vejamos os principais envolvidos durante estes acontecimentos:
Romanos: Queriam Manter a paz na palestina. Roubar o corpo de Cristo não manteria esta paz.
Judeus: a última coisa que queriam era a proclamação da ressurreição de Cristo, tanto que pediram para montar guarda para evitar isto (Leia Mt 27:62-66).
Discípulos: se eles tivessem feito isto, mais tarde não teriam morrido alguns de maneiras horríveis por algo que seria mentira.

Você sabia? Jesus aparece por cerca de 40 dias a mais de 500 pessoas após sua ressurreição. (Leia 1Co 15:3-8)

Pergunta para pensar e escrever em um papel: Por que alguém que viveu há 2000 anos pode ser relevante para mim? (Este atividade fizemos em classe onde cada um escreveu o por que Jesus é importante para suas vidas mesmo depois de 2000 anos. Li todas elas. Uma mais linda que a outra)

Pit stop
Vocês já tiveram algumas dúvidas relacionadas a Jesus? Se sim, suas dúvidas foram respondidas com o que foi apresentado nesta lição? Se não foram, podem procurar seu professor da escola dominical ou um dos pastores para que possam esclarecer suas dúvidas”. 
Não fiquem na dúvida – fiquem com Jesus.

Chegada
O Natal ainda é comemorado, assim como a Páscoa e a Ceia. Pessoas, em diversos lugares, ainda se dispõem a sofrer e a morrer por Jesus para levar sua mensagem. Contudo, os fatos sensacionalistas vão continuar aparecendo – é só esquecermos um que logo aparece outro. A grande questão é que, enquanto esses fatos são esquecidos, Jesus e sua história verdadeira permanecem na nossa memória e em nossos corações, há mais de 2000 anos.

Bíblia e família
Leia os Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) para conhecer mais sobre a vida de Jesus. Comecem a ler com seus pais, tios, avos ou quem quer que você more. Que Deus fale com você e através de você com outras pessoas. Deixe Deus usar você.

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